Quatorze mil pessoas de várias regiões da Amazônia lotaram o Centro de Convenções em Belém para o segundo dia dos “Diálogos Amazônicos”, em Belém, evento que promove debates entre o governo federal e movimentos socais sobre a Amazônia
O evento é um preparativo para a COP-30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai ser realizada em Belém, em 2025.
É uma prévia da cúpula que vai reunir chefes de Estado da região na semana que vem.
Do interior do Pará, a agricultora familiar Eziethe Marques levou produtos feitos pelos próprios moradores, que vivem do extrativismo na cidade.
“Para nós é muito gratificante, mostrando o nosso produto e gerando bastante renda para os nossos agricultores. Trabalhando com solo, não usando agrotóxico, para não poluir a nossa terra, nosso meio ambiente”, comemora.
Nas reuniões entre representantes do governo federal e de movimentos sociais dos países amazônicos, o apoio para pequenos produtores foi um dos temas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deu detalhes sobre o programa “Bolsa Verde” – auxílio que será pago a comunidades tradicionais da Amazônia. Mais de 100 mil famílias devem ser beneficiadas.
“Estamos priorizando a bioeconomia para ampliar, cada vez mais, a agregação de valor sobre os produtos da floresta, apostar na bioindústria, no cooperativismo”, diz a ministra Marina Silva.
O evento é um preparativo para a COP-30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai ser realizada em Belém, em 2025. E, para aproximar a população da informação, foi montado um observatório com dados em tempo real sobre a região amazônica.
Os visitantes também podem interagir com telas que mostram mapas e números do Brasil e outros sete países amazônicos. Dá para acompanhar incêndios florestais e onde estão as áreas com maior desmatamento.
“É uma ferramenta, primeiro, de acesso à informação que é publica, qualquer usuário. E, segundo, ferramentas que permitem aos gestores nos países tomarem decisões corretas e assertivas”, afirma Mauro Luiz Rufino, coordenador do Observatório Regional da Amazônia.
Informação que acende um alerta para quem mora na Amazônia e já vive, na prática, os efeitos das mudanças no clima.
“A gente sente que o calor aumentou, a gente sente que as chuvas diminuíram. E, quando a gente tem esse acesso aqui, que a gente vê a questão do desmatamento que está aumentando cada vez mais, a gente consegue ligar esses pontos e ver que é por isso que tudo isso está acontecendo. É a sociedade em que a gente vive, e a gente tem que cuidar”, diz a estudante Suellen Santos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *